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Página:Aventuras de Diofanes.djvu/176

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ultimamente a dizer-lhe: Nunca podereis, senhor, obrigar-me a dizer-vos quais foram os que me feriram; eu pudera dizer-vos, que os não conheci, mas nem em tal caso posso faltar à verdade; vós me prometeis honras, e riquezas, para que os entregue; as riquezas seriam padrões da minha injúria, e as honras estátuas para castigo de tal vileza, o que bastaria para dar forças aos meus inimigos, que sempre me verão constante para lhes valer, e perdoar; porque mais devemos amar a honra, e temer os Céus, que estimar as vidas, e buscar indignos aumentos. Se é zeloso do bem público, (disse Anfiarau), como não concorres agora, para que se castiguem os malfeitores? Não consiste só o castigo daqueles (lhe respondi) o conservar-se limpa a espada da justiça; se o Palácio estivera reparado da Guarda Real, que é precisa distinção dos soberanos, pois se deve compor dos melhores, a quem a nobreza faz fideldignos, não haveriam temerários, que usassem profanar o sagrado de vossos jardins; quanto mais, que se quereis castigar aqueles, reforçai as penas para a observância das novas Leis, e não vos deixeis persuadir de ignorantes, que este é o castigo mais próprio, e sensível, que podeis dar aos maus, que eu não só lhes perdôo, mas lhes farei