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Página:Aventuras de Diofanes.djvu/178

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de lepra, mandei pedir que me deixassem ir para os montes, onde acabariam de curar-me a pureza do ar, a doçura das águas, os manjares inocentes, e rústica tranqüilidade; logo me concedeu a pedida licença, e me mandou para a casa de campo, na qual fosse assistido com todo o preciso. Não tolerei as assistências mais que os primeiros meses; tanto me principiei a ver alguma cousa, e tive forças para poder dar alguns passos, logo despindo o que da Corte me haviam levado, fui habitar para os bosques, onde via pouco as aves, as fontes, as flores, e mal os compassivos Pastores, que me socorriam mais do que eu havia mister, pois com a vida austera se curam os achaques da abundância; vestido de peles de brutos principiei a mudar o que tinha corrupta com as matérias da Corte; e refrigerando-me em uma fresca ribeira, curei a lepra; ou porque para curar o meu mal bastava tirar-lhe a causa, ou porque os Deuses para ocultos fins me querem vivo. Assim estive por aqueles desertos em paz, em quanto Anfiarau se não lembrou de me consultar sobre esta guerra, o que vos comunicarei na certeza da vossa prudência, e bom juízo; e se jurardes aos eternos Deuses, ficar imóvel, guardando o maior segredo a quantos vos descobrir. Crede (lhe respondeu Delmetra) que se preciso é,