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Página:Aventuras de Diofanes.djvu/186

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Mas reparo (lhe disse Delmetra) que muitos dos que dão remédios para os que amam, jamais souberam curar-se. Eu não falo (lhe respondeu) nos que lícita, e reciprocamente se amam, sim nos que primeiro se perdem inteiramente, que conheçam o fingimento, com que são enganados, podendo inferí-lo de que os tratem com mais carinho quando mais recebem, ou muito pedem: assim Armelinda foi obrigada com dádivas a dizer a Anfiarau que se compadecia do estado, em que me considerava; porque se eu fosse chamado para a Corte, seria entregue aos meus inimigos com grave perigo da minha vida; e se ele me levasse em sua companhia, também não era menor o risco, porque se ajuntaria matéria para o fogo, que se havia atalhado com o meu retiro; mas que se condoía de que estivesse fazendo vida tão áspera, sem mais causa, que amar a verdade, e desejar os acertos do Soberano. Anfiarau dizem que ficara triste, e pensativo, por lhe não ocorrer o remédio, ou a providência, que se devia dar em ocasião, que necessitava servir-se de mim. Armelinda, que com lágrimas havia acompanhado as suas ponderações, fingindo que lhe ocorrera meio próprio, e conveniente, disse, que me mandasse conduzir a este porto para o avisar de tudo o que se passasse,