e que com toda a decência fosseis restituídos ao nosso país, comprando-se a vossa liberdade, ou tirando-vos violentamente, onde quer que o impugnassem, e que fosseis conduzidos por mar, ou por terra, onde determinásseis, com a grandeza, e fasto, que pediam tais pessoas. Mas qual foi a razão, que tiveste, (perguntou Delmetra) para não pedir também a tua liberdade? Não foi outra (lhe respondeu) mais, que não querer Beraniza separar-me da sua companhia; e suposto que me ofereceu mandar-vos levar aquela corte, onde fosseis tratados com o maior esplendor, eu o não admiti, porque só quis conduzir-vos ao trono, porque distante dele sempre ficáveis sujeitos às contingências do tempo, e assim me sacrifiquei a servir toda a vida, porque não houvesse alguma ocasião, que vos disputasse o descanso, pois o não pode ter quem vive sujeito em Corte estranha, havendo nascido para faze-la em domínios próprios; assim determinei que a minha saudade incurável remediasse o pranto dos que talvez vos choravam morta, lembrando-se de vos ouvir dizer, que era nobreza de ânimo o arriscar o descanso próprio a favor do sossego público. Com esta razão vos consideravam no estado, que haveis perdido; e quando se me representavam os aplausos, com que seríeis
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