eu juro aos Céus amparar-vos, se me restituírem a Tebas. Albênio, mudando inteiramente de semblante, lhe disse: Vós sereis acaso algum dos da comitiva do infeliz Diófanes, que há mais de quinze anos, que foi entregue aos bárbaros? e entendendo-se que fora sepultado nas cavernas do mar os primeiro oito, não fizeram os seus vassalos e confederados mais que chorar a sua desgraçada morte; e depois de se passar todo aquele tempo, havendo indícios de que era vivo (pelo que descobria a sua alta capacidade, sabedoria, e virtudes), se espalharam alguns a buscá-lo. Eu sou (lhe respondeu) o mesmo Diófanes, que depois de tantos anos de letargo, torno a mim, pois já me considero em Tebas, onde há muito poderia estar, se tivera notícia de Climinéia, e Hemirena, que sempre buscava saber, onde as tinha a desventura, para me retirar, e tornar sobre os Argólicos, que mais deveriam fazer entregar, satisfazendo-se como o próprio sangue tão avultadas injúrias. Albênio, dando-lhes os braços, disse: Agora vejo as nossas culpas foram semelhantes na presença dos Deuses, ou estes igualmente nos amam, pois com iguais trabalhos nos purificaram, para que víssemos renascer também aqui igual a nossa esperança de facilidade. Diófanes, que com a maior suspensão
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