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Página:Aventuras de Diofanes.djvu/78

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licença, para que me encoste a descansar.

Delmetra o conduziu para a parte mais côncava da brenha; e logo lhe advertiu que, entrando as feras para aquele lugar, não falasse, nem se movesse, enquanto se não costumassem a vê-lo; e deixando-o acomodado como pôde, saiu a buscar algumas frutas silvestres, para ter mimoso o seu hóspede. Em despertando Belino, lhe apresentou aqueles asperíssimos regalos, que aceitou com mostras de verdadeiro agradecimento. Enquanto se recolheram os ferozes primeiros possuidores daquela agreste casa, esteve com atenção Delmetra reparando na agradável presença daquele mancebo; e o muito, que mudamente um olhava para o outro não lhes causava riso, como ordinariamente sucede, porque principiando Delmetra a banhar-se em lágrimas, Belino lhe correspondeu com outras tantas, e se explicavam assim os tristes olhos com as vozes mais claras, que podiam exprimir, o que um, e outro coração sentia. Belino pela grande novidade, que lhe fazia o ver-se tão perto daqueles animais, nem se resolvia a enxugar as lágrimas, que correndo por suas belas faces, paravam em seus lábios de nácar, e apostavam competir com seus claros, e bem organizados dentes. Quando de novo