Enquanto o nosso Hans, na praia, aferrado ás suas esperanças, debatia com os indios, o bote de Jacó começou a afastar-se.
Na sua ansia de libertação Hans perdeu a cabeça e atirou-se ao mar, rumo ao bote. Os indios foram-lhe no encalço; um deles chegou a por-lhe a mão. O desespero, porém, redobrou as forças do fugitivo, que repeliu o indio, safou-se e, a violentas braçadas, atingiu o bote.
— Finalmente! exclamou Narizinho, comovida. Tambem já era tempo...
— Engano, minha filha; não era tempo ainda. Os franceses do bote não o deixaram entrar. Repeliram-no, alegando serem amigos daquela tribu e que se o deixassem entrar contra a vontade dos indios eles se vingariam. E o pobre Hans teve de voltar para terra...
— Que horror!
— Os indios, que já o supunham perdido, começaram a gritar, alegremente:
— "Ele volta! Ele não fugiu !"
Hans, ao pisar na praia, mostrou-se agastado.
— Julgaveis então que eu pretendia fugir? Fui ao bote unicamente para dizer aos meus patricios que viessem buscar-me depois da guerra e que trouxessem para vocês muitas coisas bonitas.
— Sim, senhora ! exclamou Pedrinho. Esse alemão era das arabias ! Conseguiu mais uma vez lograr os pobres indios...
— Lográ-los, confirmou dona Benta, e agradá-los. Os indios ficaram contentissimos com o seu gesto e passaram a tratá-lo ainda melhor.