corpo d’algum Ente querido. E o sabor do Remorso era tal o de um vinho azedo, dado a beber numa esponja...
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A Noite proseguia lentamente o seu curso, mas a Aurora parecia nunca mais querer surgir !... Os medonhos Phantasmas do Terror arremessavam-se, unidos, aos cantos dos carceres, onde jaziamos. Dir-se-ia que, rodeados pelas Trevas que os envolviam, vinham zombar de nós, provocar-nos, até em nossa frente!...
Passavam e repassavam... Deslisavam rapidamente, como transeúntes em manhã de nevoeiro... Bailando, saltando, subindo, descendo, deslocando-se, fazendo mil contorsões, cada qual mais subtil, fingiam os raios da
XLV