hesita. Por um lado, os Khedivas succedem-se por hereditariedade, têm exercito, armam marinha, cunham moeda, declaram guerras, fazem tratados; por outro lado, pagam tributo. Mas constitue elle uma affirmação de vassalagem de pachá a sultão? É uma simples offerta de principe mussulmano ao chefe do Islam, como o presente que o rei catholico de Hespanha manda todos os annos ao papa? É uma prestação annual da tremenda somma, porque Mehemet-Ali e depois Ismail-Pachá compraram aos Osmanlis a sua independencia? É simplesmente um pourboire?... Seja como fôr, o tributo existe — e, fundado n’elle, a Europa appellou para o Sultão. Arabi, bom crente, devia venerar o Sultão; o Sultão, bom pae, podia exterminar Arabi. E aqui começa a famosa comedia das vacillações do Sultão.
Por um lado, o Sultão desejaria mandar tropas ao Egypto, occupal-o sob o pretexto de o tranquillisar e refazer d’elle uma provincia turca, um pachalato dependente do serralho, tal qual era antes de Mehemet-Ali, quando na riqueza do valle do Nilo estava o verdadeiro thesouro dos califas; por outro lado, porém, o Sultão não queria desembarcar no Egypto como cabo de policia da Europa, pela razão de que, prevendo este caso, os ulemas da mesquita d’El-Azhar, o grande centro religioso e o grande centro lettrado do Islam, o Vaticano e a Sorbona do