— Parece-me bom... A metade está feita; agora já não se trata de receber-lhe a conta, é só de os pôr fora de casa!
— Sim... mastigou o marido — mas agora também é mais difícil fazê-los desarvorar! Já não temos um pretexto para isso!...
—Pretextos não faltarão... respondeu a francesa, e acrescentou: — O que me faz cismar é este dinheiro arranjado assim à última hora... porque eles, ainda ontem, estavam bem apertados e Pereira não arredou pé de casa durante o dia!
O marido refletiu um instante, e depois exclamou, com vislumbres de quem se sente roubado:
— Ora, querem ver que aquela raposa arrancou estes cobres ao Amâncio?!...
Mme. Brizard confirmou o alvitre com um gesto de cabeça.
— E olha que não é outra coisa! repetiu Coqueiro. — Que hoje Sabino, desde muito cedo, tinha já que fazer à rua!
— Ora essa!... resmungou Brizard, indignada e ressentida, como se aquele desfalque na carteira do estudante lhe trouxesse um prejuízo imediato. — Ora essa!...
— Mas deixa estar que hei de saber de tudo!... prometeu o locandeiro.
E, com efeito, daí a pouco o próprio Sabino lhe confessava que fora pela manhã à casa de Campos levar uma carta e que voltara com outra, recheadinha de dinheiro em papel.
O locandeiro revoltou-se, mas a sua indignação subiu verdadeiramente ao cúmulo, foi quando lhe constou que o bom do Amâncio, para ter ocasião de estar mais a