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CINCO MINUTOS
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Admirei essa dedicação do pobre velho, que procurava remediar a sua falta por um sacrificio que eu supunha inutil: não era possivel que um homem nadasse assim por muito tempo.

Com effeito, passados alguns instantes, vi-o parar e saltar ligeiramente na canôa como temendo acordar-me; a sua respiração fazia uma especie de borborinho no seu peito largo e forte.

Bebeu um trago de vinho, e com o mesmo cuidado deixou-se cahir n’agua e continuou á puxar a canôa.

Era alta noite quando n’esta marcha chegámos á uma especie de praia, que teria quando muito duas braças. O velho saltou e desappareceu.

Fitando a vista nas trevas, vi uma claridade, que não pude distinguir si era fogo, si luz, sinão quando uma porta abrindo-se deixou-me ver o interior de uma cabana.

O velho voltou com um outro homem, sentáram-se sobre uma pedra e