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J. de Alencar
perdi a barca, e desejava que você me conduzisse na sua canôa.
— Mas si eu agora mesmo é que chego!
— Não importa; pagarei o seu trabalho, e tambem o incommodo que isto lhe causa.
— Não posso, não, senhor; não é lá pela paga que eu digo que estou chegando; mas é que passar a noite no mar sem dormir não é lá das melhores cousas; e estou cahindo de somno.
— Escute, meu amigo...
— Não se canse, senhor, quando eu digo não, é não: e está dito.
E o velho continuou á arrastar a sua canôa.
— Bem, não fallemos mais n’isto; mas conversemos.
— Lá isto como o senhor quizer.
— A sua pesca rende-lhe bastante?
— Qual! rende nada!...
— Ora diga-me! Si houvesse um meio de fazer-lhe ganhar em um só dia o