Foi dos meus romances, — e já andava no quinto, não contando o volume das Minas de Prata — o primeiro que recebeu hospedagem da imprensa diaria, e foi acolhido com os cumprimentos banaes da cortezia jornalistica. Teve mais: o Sr. H. Muzio consagrou-lhe no Diario do Rio um elegante folhetim, mas de amigo que não de critico.
Pouco depois (20 de junho de 1864) deixei a existencia descuidosa e solteira para entrar na vida da familia onde o homem se completa. Como a litteratura nunca fôra para mim uma Bohemia, e somente um modesto Tibur para o espirito arredio, este sempre grande acontecimento da historia individual não marca epocha na minha chronica litteraria.
A composição dos cinco ultimos volumes das Minas de Prata occupou-me tres mezes entre 1864 e 1865; porem a demorada impressão estorvou-me um anno, que tanto durou. Ninguem sabe da má influencia que tem exercido na minha carreira de escriptor, o atraso da nossa arte typographica, que um constante caiporismo torna em pessima para mim.
Si eu tivesse a fortuna de achar officinas bem montadas com habeis revisores, meus livros sahiriam mais correctos; a attenção e o tempo por mim despendidos em rever, e mal, provas truncadas, seriam melhor aproveitadas em compor outra obra.