um carreiro, e que se vingava nos poucos entes que tinha debaixo do seu dominio, das complacencias servis que era obrigado a mostrar aos que o mantinham n’aquella farta ociosidade de commensal que só goza e não paga.
Depois tinha medo de sua tia; a dona da casa, a senhora, a suzerana ante a qual todos se curvavam submissos.
E no emtanto ella era bonita, delgada, flexivel, muito branca.
Uma figura ideal de pintor inglez.
Mas que culpa tinha elle, o pequenino parea, se os olhos d’essa graciosa e delicada senhora lhe pareciam frios e metalicos, com umas scintillações azuladas como as do aço fino? se as suas mãos esguias e brancas se lhe affiguravam duas tenazes que podiam apertal-o, apertal-o até o torcerem todo, até o esphacelarem e fazerem d’elle, do seu pequeno corpo tão fraquinho, uma grotesca massa informe, que o mundo inteiro pisasse, onde o mundo inteiro cuspisse!
Seria allucinação d’aquelle cerebro enfermo e condemnado ás scismas doentias?
Quem sabe?
O caso é que o sentia, e que nunca pudera esquivar-se a essa preoccupação intensa e dilacerante!
Um d’estes dous entes que dominaram de estranho