precisa para saber guardar immaculada em um peito de burguez, a honra de um paladino.
Dizem que o vicio pollula na obra de Balzac com uma exhuberancia de vegetação inacreditavel.
Elle não foi mais do que o analysta apaixonado da sua época.
Adorou-a pelo que ella tinha de grande, comprehendeu que lhe podia desnudar as chagas, visto que ao lado d’ellas podia mostrar tão admiraveis bellezas.
Foi implacavel na sua justiça.
O seu tempo seduziu-o pelo que havia de brilhante nos seus vicios, de fecundo e poderoso nas suas paixões, de arrebatado e creador no seu genio, de raro e dedicado nas suas virtudes.
Hoje no artista que segue as pisadas de Balsac, que não tem a sua potencia creadora, mas que tem como elle, e talvez mais methodicamente do que elle, o estudo paciente e investigador, que vemos nós que possa dar-nos aquella sensação de prazer agudo que a leitura conscienciosa de Balzac dá a um verdadeiro artista?
Emilio Zola tambem descreve a sua época.
É artista, porque sente e sabe fazer sentir.
Diz-se imparcial!
Faz viver nos seus livros a sociedade de que faz parte; entra nos palacetes de pedraria rendilhada