mais divina, outras guardam na bocca o gosto amargo de todos os fructos vedados que teem devorado!
Umas não conhecem nada para além da nuvem iriada que as envolve e lhes intercepta o mundo, outras possuem a medonha sciencia que é feita de todas as decepções, de todas as agonias, de todos os tedios, de todos os remorsos, de todas as nauseas da vergonha e do desprezo proprio!
Umas entram no amor, triumphantes, immaculadas, curiosas, ébrias de harmonias nunca ouvidas, sedentas de alegrias nunca sonhadas, absortas pela radiante visão que as transporta a mundos desconhecidos.
Viviam d’antes? tinham affectos? prazeres? distracções?
Não sabem.
Sabem que as inundou a luz de um olhar, e que, a essa luz, viram o que nunca tinham visto, esqueceram tudo mais que fôra seu.
As outras vão alli á porta d’aquella região de que hão de ser as eternas exiladas, pedir a esmola de um perdão, a caridade de umas horas de esquecimento.
E em troca d’esse consolo supremo a que se julgam sem direito, são capazes de todos os sacrificios, de todos os renunciamentos sublimes que