A pergunta repete o sacerdote;
Logo o silencio se restabelece.
Para que toda a gente escute e note:
— Não-se-nhor! — Estremece
O velho, e tosse p’ra que se não ouça
A resposta da moça.
— Não, senhor! Não,senhor! Mil vezes clamo:
Por gosto não me caso,
Mas obrigada por meu pae; não amo
O senhor Souza, mas de amor me abraso
Por este! — E aponta para o namorado
Que pouco a pouco tinha se chegado.
Não é possivel descrever o resto
Depois desse protesto.
Falavam todos a um só tempo! A egreja
Desabar parecia!
O padre corre para a sacristia...
A moça pede ao moço que a proteja...
— Isto agora é poesia!
Diz o attonito pae, qu’rendo contel-a.
Todas as convidadas
Suffocam gargalhadas...
O noivo, maldizendo a sua estrella,
Sae para a rua: a sanha
Da torpe molecagem o acompanha,
E uma vaia o persegue,
Até que elle num carro entrar consegue.
Santinha está casada e bem casada;
O marido dispensa-lhe carinhos: