Página:Contos fluminenses.djvu/110

Wikisource, a biblioteca livre

Menezes voltou-se e entrou em novo assumpto.

Quando o coupé entrou na rua do Lavradio, Menezes disse ao medico:

— Moro n’esta rua; estamos perto de casa. Promette-me que ha de vir ver-me algumas vezes?

— Amanhã mesmo.

— Bem. Como vai a sua clinica?

— Apenas começo, disse Estevão; trabalho pouco; mas espero fazer alguma coisa.

— O seu companheiro, na noite em que m’o apresentou, disse-me que o senhor é moço de muito merecimento.

— Tenho vontade de fazer alguma cousa.

D’ahi a dez minutos parava o coupé á porta de uma casa da Rua do Lavradio.

Apeárão-se os dois e subírão.

Menezes mostrou a Estevão o seu gabinete de trabalho, onde havião duas longas estantes de livros.

— É a minha familia, disse o deputado mostrando os livros. Historia, philosophia, poesia..... e alguns livros de politica. Aqui estudo e trabalho. Quando cá vier é aqui que o hei de receber.

Estevão prometteu voltar no dia seguinte, e desceu para entrar no coupé que esperava por elle, e que o levou á rua da Misericordia.

Entrando em casa Estêvão dizia comsigo: