Página:Contos fluminenses.djvu/339

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É muito divertida! Mas, para variar, o homem vai sahir e fica o macaco.

Dizendo estas palavras com uma raiva comica, Diogo travou do chapéo e sahio.

Tito soltou uma gargalhada.

— Mas vamos ao fim da historia...

— Que fim, minha senhora? Eu já estava em talas por não saber como continuar... Era um meio de servil-a. Vejo que é um velho aborrecido...

— Não é, está enganado.

— Ah! não?

— Divirto-me com elle. O que não impede que a presença do senhor me dê infinito prazer...

— Vossa Excellencia disse agora uma falsidade.

— Qual foi?

— Disse que lhe era agradavel a minha conversa. Ora, isso é falso como tudo quanto é falso...

— Quer um elogio?

— Não, fallo franco. Eu nem sei como Vossa Excellencia me atura; desabrido, massante, chocarreiro, sem fé em cousa alguma, sou um conversador muito pouco digno de ser desejado. É preciso ter uma grande somma de bondade para ter expressões tão benevolas... tão amigas...

— Deixe esse ar de mofa, e...

— Mofa, minha senhora?