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Página:Contos fluminenses.djvu/375

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que abracei. Venho prégar, para que o rebanho do Senhor não se arrede nunca do bom caminho.

— Aqui na capital?

— Não, no interior. Começo pela villa de ***.

Os dous velhos estremecêrão; mas Simão nada vio. No dia seguinte partio Simão, não sem algumas instancias de seus pais para que ficasse. Notárão elles que seu filho nem de leve tocára em Helena. Tambem elles não quizerão magoal-o fallando em tal assumpto.

D’ahi a dias, na villa de que fallára frei Simão, era um alvoroço para ouvir as predicas do missionario.

A velha igreja do lugar estava atopetada de povo.

Á hora annunciada, frei Simão subio ao pulpito e começou o discurso religioso. Metade do povo sahio aborrecido no meio do sermão. A razão era simples. Avezado á pintura viva dos caldeirões de Pedro Botelho e outros pedacinhos de ouro da maioria dos prégadores, o povo não podia ouvir com prazer a linguaguem simples, branda, persuasiva, a que servião de modelo as conferencias do fundador da nossa religião.

O prégador estava a terminar, quando entrou apressadamente na igreja um par, marido e mulher: elle, honrado lavrador, meio remediado com o sitio que possuia e a boa vontade de trabalhar; ella,