Página:Contos gauchescos (1912).djvu/105

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— Não, obrigado; parece-me forte o seu fumo...

— Não sabe o que perde!... Então, com sua licença!...

E bateu o isqueiro e começou a pitar, tirando cada tragada que nuveava o ar!

Havia um que era barão e comandava um regimento, que era mesmo uma flor; tudo moçada parelha e guapa.

O imperador gabou muito a força, e aí no mais o barão já lhe largou esta agachada:

— Que vossa majestade está pensando?... Tudo isto é indiada coronilha, criada a apojo, churrasco e mate amargo... Não é como essa cuscada lá da Corte, que só bebe água e lambe a... barriga!...

Este mesmo barão, duma feita que o d. Pedro procurou no bolso umas balastracas para dar uma esmola e não achou mais nada, desafivelou a guaiaca e entregando-a disse:

— Tome, senhor! Cruzes! Nunca vi homem mais mão-aberta do que vossa majestade..., olhe que quem dá o que tem, a pedir vem... mas... quando quiser os meus