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Página:Contos gauchescos (1912).djvu/108

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não deixem o imperador perder a guerra... ainda que nenhum deles nunca mais me apareça!... Bem! com sua licença... Seu imperador, na volta, venha pousar no rancho da nhã Tuca; é de gente pobre, mas tudo é limpo com a graça de Deus... e sempre há de haver uma terneira gorda pra um costilharl... Passar bem! Boa viagem... Deus os leve, Deus os traga!...

O imperador — esse era meio maricas, era! — abraçou a velha, prometendo voltar, por ali, e quando ela saiu, disse:

— Como é agradável esta rudeza tão franca!

Numa cidade onde pousamos, o imperador foi hospedado em casa dum fulano, sujeito pesado, porém mui gauchão.

Quando foi hora do almoço, na mesa só havia doces e doces... e nada mais. O imperador, por cerimônia provou alguns; a comitiva arriou aqueles cerros açucarados. Quando foi o jantar, a mesma cousa: doces e mais doces!... Para não desgostar o homem, o imperador ainda serviu-se, mas pouco; e de noite, outra vez, chá e doces!