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Página:Contos gauchescos (1912).djvu/179

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olhou o Osoro, olhou o Chico Ruivo, cuspiu de nojo e disse pra este, na cara:

— Sempre és muito baixo!..., guampudo, por gosto!...

— Olha, guincha, que te grudo as chilenas!...

— Ixe! Este, agora, é que me encilha, retalhado!...

Nisto um violeiro pegou a rufar uma dança chorada; umas parelhas pegaram a se menear no compasso da música e logo o Osoro, para cortar aquele aperto, travou do pulso da morocha, passou-lhe o braço na cinta e quase levantando-a no ar entrou na roda dos dançadores; o Ruivo ficou quieto, mas de goela seca e nos olhos com uma luz diferente.

Na primeira volta, quando o par passou por ele, a china ia dizendo mui derretida:

— Quando quiseres, meu negro...

Na segunda volta, como num despique, ela tornou a boquejar pro Osoro:

— Eu vou na tua garupa...

E na outra, a china vinha calada, mas com a cabeça deitada no peito do par, olhando terneira pra ele, com uma luz de riso, os beiços