Página:Contos gauchescos (1912).djvu/210

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o tostado afrouxou a força e a respiração e o garbo, e foi descaindo e ia a tombar, de vez, os lado, ampararam-lhe a cabeça... como se fosse uma criança dormilona, deitaram-na brandamente sobre os capins, — pro caso — sobre o pé malmequer branco, ramalhudo, que florejava ali, como num propósito.

Coitado do flete!

Mas como deixá-lo viver, assim, arrebentado? Para vê-lo morrer de dores, inchado, com fome e com sede... e antes disso serem-lhe os olhos vazados pelos urubus... e os buracos deles, ainda vivos, virarem toca das varejas? ! ... Não! Um gaúcho de alma não abandona assim o seu cavalo: antes mata-o, como amigo que não emporcalha o seu amigo!

Vancê assuntou bem no conto?

Ora, agora, vamos ao fim; o que merecia, de prêmio, o Juca Guerra?

Qual o mais valente? o tal fulano, da beira da praia, ou este da beira. .. da morte certa?