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Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/342

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agua tão teza, que lhe furtou a bateira peT baixo, e elJe, e os marinheiros nao tiveram mais íalvação que ficarem dependurados nas cadeias, té que lhes acudiram. O outro perigo aconteceo a eíle mefmo navio o dia de íua partida, que foi a vThte e quatro de Fevereiro: fahindo pela barra do rio, foi dar em fecco em hum banco d′arêa onde eíleve em termo de ficar pêra fempre; mas vindo a maré fahio do perigo, com cue fez feu caminho fempre á viíla da cofta, té que dahi a finco dias chegou a huma povoação chamada Moçambique, e foi pouíar emi huns ilheos apartados delJa pouco mais de légua ao mar. Surto neftes ilheos,, os quaes ora fe chamam de S. Jorge por caufa de hum Padrão defte nome, queVaí CO da Gama nelles poz, viram vir três, ou quatro barcos, a que os da terra chamani zambucos, com luas velas de palma, c a remo. Agente dos quaes vinha tangendo, c cantando, a mais delia bem tratada, e entre elles hom.ens brancos com toucas na cabeça, e veftido d′algodão a modo dos Mouros de Africa, que foi pêra os noíTos muito grande prazer. Chegados cíles barcos -ao navio de Vafco da Gama, levantou-fe hum daquelies homens bem veílidos, e começou per Aravigo perguntar que gente era e o cue bufcavam? Ao que Vafco da

Ga-