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Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/394

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era o Occidente da terra da Franquia, mandar-lhe embaixada, que não trazia mais fundamento, que defejo de fua amizade, eque a meíma coufa per fi m.oílrava não poder fer j porque huma das razões da amizade, era a communicação das peíToas, e preftança nas obras e que eftas entre elles eram mui contrarias, aíTi por razão da crença differente que cada hum tinha, como por a grande diftancia de íèus eílados. E mais, que hum Rey tão pcderofo, e rico, como elles diziam fer o feu, mal moítrava efte poder no preíente que lhe mandara, pois eram peças, que qualquer mercador, que vinha do eílreito, as dava melhores. Qiianto a dizerem fer enviados por razão da efpeciaria, elles não traziam mercadorias que delTem fmal diíTo j e ainda que tudo foíTe como elles diziam, não devia querer perder proveito tão certo, como tinha nos Mouros, pelo que prom.ettiam homens, que habitavam nos fins da terra, os quaes haviam miíler dous annos de navegação. Qiianto mais, que vendo os Mouros com.o fua Real Senhoria favorecia homens novos, e de que fe tanto mal dizia, e fobre tudo feus imiigos, era caufa de grande efcandalo para elles, e não feria muito perdellos; coufa, que elle devia muito temiCr, pois perdendo a elles, perdia vaífallos e não virem

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