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o que era Christo, ahi devemos estar pelo que a nova revelação, a revelação dos espiritos ensinou ao autor e aos inspirados da sua escola. Christo era um espirito superior, protector e governador do globo terraqueo; querendo fazer a sua apparição entre nós, não encarnou em corpo de carne e osso, como outros espil'itos de inferior hierarchia, mas tomou apenas a apparencia humana, revestindo-se de uma natureza f1uidica, mas tangivel. Não querendo apparecer subitamente no meio de um campo, fez-se auxiliar por outros espiritos que, por meio do magnetismo-spiritista, simularam na Virgem-Mãe todos os effeitos de uma gestação de principio a fim, condensando gradualmente os fluidos appropriados e depois dispersando-os de um jacto no momento opportuno. O innocente artificio foi tão habilmente empregado, que illudiu a mesma Virgem, involuntaria complice dos espiritos nicromanticos. Espiritos e fluidos tudo o mais explicam. Muitas da personagens biblicas eram espiritos encarnados, e de algumas sabemos mesmo sob que nome haviam vivido outr’ora. Dos fluidos que todos lhe obedeciam servia-se Christo para operar os seus milagres, que assim deixavam de o ser, pois eram praticados por meio de forças naturaes e dentro das leis immutaveis que regem a mesma natureza. Magia branca, com a sciencia por unica auxiliar, e mais nada.»

Poema da escravidão, de Longfellow (Henry Wedsworth), traducção. Rio de Janeiro, 1884, in-8°.

A bella Sara, de Victor Hugo. Traducção. Rio de Janeiro, 1885, in-8°.

A náo da liberdade: ode. Rio de Janeiro, 1891, in-8° — Já havia sido publicada em 1870 na Reforma. Bittencourt Sampaio foi um dos collaboradores das

Lamartinianas: poesias de Lamartine, traduzidas por poetas brazileiros. Rio de Janeiro, 1869 — (Veja-se Antonio Joaquim de Macedo Soares.) Ha escriptos seus em revistas, como:

Nossa Senhora da Piedade: legenda. — no Monitor Catholico de 28 de junho de 1881. Presidindo o Espirito Santo, escreveu:

Relatorio com que foi aberta a sessão extraordinaria da assembléa provincial no anno de 1868. Victoria, 1868, in-fol.

D. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho, Conde de Arganil e senhor de Coja — Filho do capitão-mór Manoel Pereira Ramos de Lemos Faria e dona Helena de Andrade Souto Maior Coutinho, nasceu na freguezia de Santo Antonio de Jacutinga, Rio de Janeiro, a 5 de abril de 1735, e falleceu em Coimbra a 16 de abril de 1822. Sendo freire conventual da ordem de S. Bento de