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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/102

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sir DOM JOAO VI SO BRAZIL

vava muita mandioca, e possuindo Chamberlain, que era alem d isso um entomologista fanatico, uma plantagao de cafe no prolongamento do aqueducto da Carioca. Do mesmo modo um refugiado ou antes emigrado politico, o conde Hogendorp, veio morar o mais rusticamente possivel nas Laranjeiras, e o pintor Taunay escolheria para sua residen- cia e de sua familia uma cabana ao pe da cascata da Tijuca.

O governo- e para que tal effeito se produzisse basta- ria que se enxertasse na boa disposigao do soberano a ascen- dencia illustrada, primeiro de Linhares e depois de Barca na administragao - - comegou, n esse meio quasi virgem sob o aspecto economico, a apreciar a importancia da collabo- ragao estrangeira e a utilizal-a em differentes campos, es- pecialmente no das sciencias naturaes e no da industria. Com semelhante auxilio lucrava a terra em todos os sen- tidos, principiando pelo de tornar-se conhecida por meio das frequentes communicagoes insertas a respeito nas folhas diarias e revistas europeas, e das muitas obras que sobre ella entraram a ser publicadas. N estes livros se encontra naturalmente em larga escala o elemento descriptive sug- gerido pela novidade e formosura do espectaculo, mas em boa parte tambem o elemento technico, nomeadamente an- thropologico e botanico, que curiosamente se allia a ex- pressao litteraria.

As collecQoes transportadas para a Europa constituiam um meio seguro de propaganda ao mesmo tempo que uma rica fonte de estudo. O principe Maximiliano, que veio em 1815 e viajou com os naturalistas Freireiss e Sellow, carre- gou para o seu castello de Neuwied um herbario com 5.000 plantas brazileiras, alem dos insectos e outros exemplares da fauna, inclusive um pequeno botocudo. O casamento em

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