DOM JOAO VI NO BRAZIL 295
de guerra Mer curio conduzindo o marquez de Casa Irujo na qualidade de plenipotenciario de Fernando VII, despa- chado pela Junta Central que dizia representar e agir em nome do monarcha hespanhol compellido a abdicagao e se- questrado em Franga.
O objective de Casa Irujo tinha forgosamente que ser a preservagao da integridade dos dominios do seu amo, li- vrando-os ao mesmo tempo da cobiga portugueza e da at- traccao exercida pela miragem independente. Ao Principe Regente o que sobretudo interessava - - e para isso mandara ao Rio da Prata um homem da sua confianga era em parte o inveiso, mas n outra parte o mesmo, pois que Ihe cumpria defender o seu imperio americano do virus contagioso da rebeldia.
Para bem se precaver, forga Ihe era ajuizar primeiro do poder dos partidarios em Buenos Ayres do systema repu- blicano que, pelo que se dizia, cogitavam ate de fazer propa ganda no Brazil, incitando seus habitantes a constituirem-se pelo regimen democratico. E facto que os republicanos pla- tinos, comprehendendo perfeitamente que obstaculo impor- tava para elles a proximidade da corte portugueza e que pe- rigo envolvia o poderio que d ahi derivara o colosso brazi- leiro, se esforgaram desde logo por fomentar no Brazil um movimento analogo : ameaca que Dom Joao VI sempre avaliou na sua justa significagao e que mais tarde Ihe offe- receria o mais forte d entre os suspirados pretextos para a occupagao de Montevideo. Entretanto a Princeza, constan- temente arbitraria e intromettida, ia em beneficio proprio movendo no Rio infatigavel perseguigao aos agentes e cor- respondentes d aquelles revolucionarios, que em contraposi- gao de interesses recebiam protecgao do ministro britannico.
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