CAPITULO IX
��RELAÇÕES COMMERCIAES DO BRAZIL, OS TRATADOS DE 1810
��Com a mudança da côrte e a consequente abertura dos portos brazileiros ao commercio universal, é evidente que va- riaram por completo as condições mercantis da colonia. D'an- tes, no regimen de monopolio da metropole, os negociantes portuguezes, em livre concorrencia ou por estancos, fixavam a seu talante o preço dos generos ultramarinos e pagavam- n'os com artigos europeus pelo preço que elles proprios, unicos intermediarios, igualmente determinavam. Era um contrato em que uma das partes carregava com todos os onus e a outra com todas as vantagens.
No Brazil, aliás, se vivia economicamente muito como na China, produzindo a terra tudo de que carecia a popula- ção. Exceptuavam-se, todavia, os braços e as manufacturas de luxo. Importavam-se os primeiros da Africa e as segundas, as poucas que permittiam a concepção geral de conforto e os meios do commum dos consumidores, do Reino. Nem para Portugal residia o valor das colonias no gasto das suas manu-
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