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DOM JOlO VI NO BKAZIL 19

aisterio, o primeiro diz-se que a exigencias do enviado fran- cez, general Lannes, fazendo-o o Principe seu embaixador em Vienna. Tendo entretanto morrido Balsemao, D. Diogo de Noronha (Villa Verde) entrou para o reino, Antonio de Araujo para os negocios estrangeiros e Luiz de Vasconcellos (Figueiro) para a fazenda.

O pendor para a Inglaterra nao desappareceu todavia n estas pequenas evolugoes de corte, antes continuou a ser a feigao permanente, si bem que dissimulada, da politica por- tugueza. Em 1806 mesmo, quando o Reino se sentio, apoz a rapida e memoravel campanha da Prussia, destrogada esta nagao em lena, na inadiavel necessidade de adherir ao blo- queio continental, decretado em Berlim aos 21 de Novembro, ou de ser absorvido pelo ja omnipotente Napoleao, ainda se revelou firme a sympathia do governo portuguez pela allianga britannica, sentimento estimavel na sua tenacidade, posto que interesseiro na sua razao determinante. E mister ter bem presente que n essse instante nao so preponderava na corte de Lisboa o partido francez, como Napoleao, victorioso pelas armas sobre todos os seus inimigos, havendo ate batido a Russia na campanha da Prussia Oriental e da Polonia, jungira pela seducgao das suas palavras na entrevista de Erfurt ao seu carro de triumphador o proprio Imperador Alexandre I.

Era um extraordinario e irresistivel factor que tinha entrado definitivamente em jogo, para nao dar treguas as hesitacoes portuguezas, provocar solutes bruscas e pesar com sua vontade decisiva sobre a marcha dos acontecimentos no Reino. Si, como e verdade e como reconhecem os escri- ptores mais conceituados da Franga e do estrangeiro que se occuparam de Napoleao, o grande trago, o caracteristico do- minante dos pianos do homem que modelou a organizagao

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