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DOM JOAO VI NO BRAZIL 413

Inglezes como Portuguezes da metropole, e estes eram o? que verdadeiramente soffriam com a perda do antigo mo- nopolio, cuja conservagao nao sem razao consideravam vital. Para o Brazil o essencial era estabelecer relacoes commer- ciaes directas com outros paizes e actival-as o mais possivel. melhor Ihe resultando ainda assim de toda a falta de reci- procidade do convenio Strangford-Linhares do que da de- cahida tutela nacional, que obstava a qualquer desafogo au- tonomico.

O facto feria os proprios observadores do tempo mais i nteressados no prolongar, senao perpetuar a condicao de vassallagem economica da possessao. Ao mencionar como uma medida altamente vantajosa o decreto emancipador da Bahia, de 28 de Janeiro de 1808, nao poude esquivar-se a admittir um chronista do tempo: (< Deste inodo nao inter- vindo os negociantes, e as barras de Lisboa, e do Porto, chegavao as cousas de fora mais baratas, e sahiao as da terra mais caras, do que antigamente. Por outra parte com a chegada de muitos navios mercantcs nao podia haver falta dos artigos commerciaes estranhos, e augmentando-se com a esperanga do maior lucro a Agricultura do paiz, devia ser grande a abundancia dos generos destes. Tudo assim logo succedeu. Foi mais o tabaco da Bah ia, o cafe do Para, e do Rio de Janeiro, o arroz do Maranhao, o algodao deste, e de Pernambuco, o assucar deste, e da Bahia, e a madeira, e courama das capitanias maritimas" (i).

Voltando ao assumpto, escreveu ainda o mesmo chro nista coevo: "Ora disto proveio ser o commercio com os Estrangeiros muito grande por virem logo muitos navios

��(I) Historia do Brazil desde 1807 ate ao presents, etc. Lisboa, 181 .), tomo VII.

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