552 DOM JOAO VI NO BRAZIL
presentante inglez na Suecia, Thornton, o qual veiu mais tarde para Lisboa e recebeu o titulo de conde de Ca- cilhas por seus services na occasiao da Villafrancada e da fuga do monarcha portuguez para bordo da nau Windsor Castle. Ate a chegada de Thornton exerceria uma longa interinidade de encarregado de negocfos o consul geral Chamberlain (i).
Nao era razoavel que se prolongasse sobremaneira o ostracismo de um diplomata cujo valor era incontestavel e cujos defeitos eram contrastados por qualidades solidas: alias esses defeitos ou eram da natureza dos que na Ingla- terra passam por peccados veniaes, ou equivaliam a predi- cados positives em certos postos e quando se representa uma nac.ao que as circumstancias tornaram protectora. A duqueza d Abrantes, ao mencionar lord Strangford como primeiro secretario em Lisboa em 1805, ao templo da embai- xada de Junot, relembra os seus talentos litterarios, a sua traducgao de Camoes, a sua myopia, a sua distraccao e es- pecialmente a sua cortezia e amabilidade, "sobretudo quando acontecia ser encontrado antes do jantar." Nada dizem as Memorias da sua impertinencia e auctoritarismo que mais tarde, em cargo superior e de propria responsabilidade, se teriam desenvolvido.
��(1) Chamberlain fkou no mesmo caracter apoz a retirada de Dom J tiaio VI, representando papel -saliente durarrte e emi setguida u crise da Indapendencia e fallecendo mais tarde como ministro em Lasboa. A demora em mandar a Gra Bretanha novo representante di- plomatico para o Rio, da cathegorla do s-nterior, nao significa em si que Ihe fossem desagradaveis as circum stancias da retirada de Strang ford. Pode expliiea.r-se nuturalmente pelo facto de haver outro ministro em Lisboa Canning devia mesmo ser nomeado embaixador e sobre tudo por continual- esperado a cada momento o regresso da corto. Em Londres o ministro Cypriano R. Freire substitulra o embaixador, e d&pois o secretario Rafael da Cruz Guerreiro serviu de encarregado de negocios e de ministro.
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