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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/196

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760 DOM JOAO VI NO BRAZIL

os fundos conservados nos cofres de soccorro do hospicio da Misericordia e dos orfaos, foi precise que o visconde do Rio Secco supprisse os 300 contos necessarios para as des- pezas absolutamente indispensaveis d aquelles aprestos.

O Erario devia ao Banco do Brazil de 8 a 10 milhoes de cruzados e outro tanto ou quasi Ihe deviam particulars, a prsga do commercio, o cofre da policia, etc. A Young, Finnic e Samuel, trez casas inglezas, devia o Thesouro pu- blico i. 200 contos, nao obstante haver a alfandega rendido 50 o/o mais no anno anterior, sem f allur nas sobras da Bahia, Maranhao e Pernambuco donde entretanto, segundo um correspondente do tempo, tinham ultimamente chegado re- cambiadas letras no valor de cerca de 500 contos (i).

A despeza crescera de facto consideravelmente: de 1808 para 1820 mais do que quadruplicara no papel; na realidade muito mais, quando nao a proporqao se teria man- tido entre receita e despeza. Subia esta no anno da che- gada a 2.297 :9O4$O99 e no anno anterior a partida a 9.771 :no$875. (2) As verbas que maior augmento soffre- ram foram, segundo indica o quadro de Freycinet, as dns despezas da Real Casa e as da defeza nacional, activad a esta pela guerra de Montevideo e insurreigao de Pernambuco.

��1^1) Carta de Areas a Fun dial em 10 de Margo de 1821. Lata 10 da collecgao Linhares, na Bibl. Nac.

(2) Kis discriminadas as verbas principaes :

Orcamento de 1808

Rs.

Casa Real (entr>ando a ueharla por 124 contos e o servigo do porteiro da camara e guartda-joias Lo-

bato por 114 contos) 456 :724$059

Exercito 454 :638$115

Armazens reaeB e da marinha 603 : 854$176

Thesouro real (pensoes, soldos, administracSes, obras

publioas, etc.) 633 :470$818

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