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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/230

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794 DOM JOAO VI NO BRAZIL

gao fidedigna de mais uma testemunha presencial. A narra- gao do sacerdote liberal e os pormenores de Tollenare acham-se plenamente confirmados nas informagoes, neste caso distantes mas sempre bebidas na boa fonte, de Maler, e, o que aqui mais avulta e importa, nas declaragoes pres- tadas em Franga pelos capitaes de embarcagoes dessa nacio- nalidade entao surtas no porto do Recife. ( I )

Eram em numero de quatro taes embarcagoes. Segundo Luiz Vicente Bourges (Borges?), Lisboeta domiciliado em Nantes, immediato e sobrecarga do navio do mesmo porto La Felicite, houve vinte pessoas mortas no motim de 6 de Margo, contando-se no numero tres marinheiros francezes que nao responderam ao quern vive ? dos patriotas. Ava- liava elle a forga regular dos insurgentes (entrando de certo as milicias, porque o effectivo dos dous regimentos de linha estava, ao tempo do movimento, bastante reduzido) em 2.500 a 3.000 homens. Quando La Felicite se poz ao mar a 12 de Margo, pois que a circumstancia da revolta Ihe per- mittio reunir uma grande carga, sobretudo de algodao, a pregos vis por continuar o embargo sobre os navios nacio- naes, occupavam-se os rebeldes de manha a noite em exerci- tar-se, melhorar a defesa das fortalezas e outros pontos principaes de resistencia, e organizar a cavallaria.

Outra testemunha do mesmo genero, o capitao do navio La Perlej eleva o numero dos mortos a 50 ou 60, visto que, como sempre acontece em semelhantes occasides, apro- veitaram-se os que de repente se viram com as armas na mao para satisfazer antigas vingangas ou dar simplesmente curso

��(1) Estas declaraqoes, tomatlas nos portos de entrada, foram remettidas pelo Ministerio da Marhiha e Colonias ao de Estrangelros da Frauga, em cujo anchivo s

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