1080 DOM JOAO VI NO BRAZIL
os Reinos e apreciava com a experiencia que a Palmella fal- tava da terra a elle faltando muito embora toda a perspi- cacia de Palmella a diversidade das condigoes e das circum- stancias nos dous lados do Atlantico. O mesmo methodo nao servia para ambos os paizes : em Portugal o essencial era suavi- sar o amor proprio e os interesses offendidos; no Brazil, re- formar abusos. Assim se corrigiriam em todo o Reino Unido os esforgos da propaganda subversiva enlevada na Constitui- c,ao, concedendo-se o menos para se nao abrir mao do mais. Dom Joao fluctuava ainda e sempre. Do mesmo dia 22 foi esta a sua resposta: Tomaz Antonio nao olhou para o meu bilhete que Ihe dezia que logo que mostrasse a meu Filho a minuta do Conde de Palmella Ihe remeteria o saco com a minha resolucao. Agora me entregou meu Filho os papeis dizendo-me que Ihe parecia que para elk fazer alguma nego- ciagao seria milhor nao publicar as bazes da constituigao, mas Tomaz Antonio veria as gazetas ( I ) que me mandou, a forc,a em que falao por constitui^ao, chegando a dizer que esperao que todo o Brazil os siga ; igualmente a forc,a em que fala o Conde a ponto de pedir a sua demigao. remeto o Decreto assignado autorizando-o para o mandar publicar
��(1) O poriodismo politico so surgiu no Brazil como cffeito cla revolugao portugueza de 1820, Mo ospac;o de um anno o numc-ro dos jornaos tomou-sc avultado. Em Poi-nambuco puMicavam-so a Aurora Pcni<iiiil>nc<iiui e o Sc(jarrt y<t ; na Bahia, alem da Edatfc <lc Onro, o Scunniaria Cirico e o Diario Coiixtitiicioixi! ; no Rio, at ora a (iiizc.ta, o Ainiffo do ltd c tin AV/rr/o. o Cnin-ili iflor (Jo Jfcinn I niilo. a Fn1) b(i1in<i- I- tiiniiiiir. o Constitncioniil, o Ucrcrbcro, a M.(il<i</u< 1<i, < : o I>i<rrio do
- 7/o ilc .hnx-iro, de XriVrino A ictor de MtMi-elles, o chamado Diario de
rhi triii i)do pr< (,(. ou Diurio da i>t<in1ci(/<t. por publicar os pregos dos gpneros alimenticios e outras noticias commerciaes em annimcios. (Balbi, 06. fit. e F. do Souza Martins, Profjrcsso do ./oninlixino no Brazil, na Ifcr. Trim, do Inst. Hist, do Rio de Janeiro). A imprensa adquiriu logo, merce* da agitagao do momento politico, grande violen- cia, censurando afoitamente funccionarios publicos, denunciando as podriddos, bradando por emenda e offerecendo pianos imaginativos de reformas.
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