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CAPITULO XXX

��A DESILLUSAO DO REGRESSO

Dom Joao VI, quando mesmo nao possuisse intelligen- cia politica, tinha sobrada experiencia de governo para dei- xar de reconhecer que, na historia da monarchia portugueza, o memento nao podia ser mais de resistencia, antes era de concessoes. Quando muito Ihe seria licito, ao representante do direito divino, tergiversar sobre a extensao das liberda- des: negal-as, porem, ser-lhe-hia tao impossivel quanto o bavia sido aos monarchas da Franga e da Hespanha.

A elle proprio tinha sido dado resistir ao tratar-se ligei- ramente em 1810, depois de repellida a ultima invasao fran- ceza, de serem convocadas em Portugal Cortes na forma an- tiga da monarchia- - a sendo d ellas apaixonado", na phrase de Funchal (i), o marquez de Wellesley, secretario prin cipal dos Negocios Estrangeiros e irmao do marechal Wel lington. A ordem entao mandada para Londres foi clara e terminante, de oppor-se o embaixador a semelhante convoca- gao, sempre que a elle se referisse o Foreign Office.

��(1) Officio secivtissimo a Linhares, de 26 de Novembro de 1810 no Arch, do Min. das Rel. Ext.

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