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DA MINHA ALMA.
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No sonlio eu realisava
As venturas, que sonhava,
Velando em meditação;
'N elle via partilhado
Este sentir abrasado,
Que me queima o coração.


Como feliz me não cria,
Quando a prova recebia
De constante, ardente amor!
Como então julguei bem pagos
Esses dias aziagos,
Que passára entregue á dor!


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Fui ditosa, em extremo ditosa,
'N esse instante passado a dormir;
Em lugar da saudade, em meu peito
Vi a flôr da esperança se abrir!


Sonho! sonho, que assim meillndiste,
Um momento me dando feliz!