DA MINHA ALMA.
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Como doce recompensa
Da dôr que soffreste, immensa,
Quando outros dous te levou.
Vai, archanjo de bondade,
A sua, a tua saudade,
Pressurosa mitigar!
Possam lagrimas d’ausencia
D’esses anjos d’innocencia
As caricias enxugar!
Possam elles, exercendo
As virtudes de seus pais,
Acalantar, caridosos,
Dos desgraçados os ais!
É assim que seus diademas
Um dia mais fulgirão,
Imitando a do Calvario
Sublime, santa missão.