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ECHOS
Mas qual! a manhã seguinte,
Para adrede atormentar-me,
Toda chuva, toda vento,
Vem do somno dcspertar-me!
Imagina como fico,
Quando acordo ao som pesado
Das grossas pancadas d'agua,
Cahindo sobre o telhado!
E acaso suppões que este
Das gòtas d'ela me abriga?
Pensas que um sólido fòrro
Me defende da inimiga?
Estás em completo erro;
Que a chuva invadindo tudo,
Nem as telhas, nem o fòrro,
Podem servir-me de escudo.
Nunca vi, querido amigo.
Dias assim tão iguaes,
Tão irmãos, tão parecidos,
P'ra desesperarem mais!