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ECHOS

Que meu coração te jura
Perenne, intensa ternura,
Tão meiga sempre e tão pura
Como o teu languido olhar.

Foi, sim, tu’alma sublime,
Que abomina o feio crime,
Que a miseria não opprime
Com desdenhoso rigor;
Foi ella, morada pia,
Onde a virtude irradia,
Que, com tanta idolatria,
Grangeou meu terno amor.

Mas, meu anjo idolatrado,
'N este amor tão elevado,
Talvez me tenha enganado,
Por não conhecer de feito,
Si amavel e primorosa
És por seres virtuosa,
Ou si a virtude é formosa
Por existir no teu peito.

2 de Outubro de 1849.