DA MINHA ALMA.
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Mas não os tens, patria amada;
És formosa sem senão;
Tu, das nações do Universo,
Es a mais bella nação.
Bem como a lua ás estrellas
Em fulgores ultrapassa,
Assim tu, paiz querido,
Aos outros vences na graça!
Linda terra do meu berço,
Quanto me viras folgar,
Si a trôco de minha vida
Te fizesse prosperar!
Mas não posso defender-te
Contra bellicos furores;
Só tenho, p'ra dar-te, um peito,
Que por ti morre de amores;
Um peito, que ardente e louco,
Sabe por ti palpitar;
Que exulta com teus triumphos,
Que chóra com teu penar.