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ECHOS
Era o pincel milagroso
De Raphael portentoso,
Que o seu nome glorioso
Té aos astros fez chegar.
Ah! si de Italia o Apelles,
'N aquelles arroubos santos,
Porventura um céu de encantos
Alguma vez desenhou,
—Por certo me não engano—
D'esse genio italiano,
O talento soberano
Com o céu do Brasil sonhou.
Sim, co'o céu americano,
Que tão puro resplandece,
Que n elle habitar parece
O Senhor co'os anjos seus.
Ah! que si o céu contemplára
Da nossa terra tão cára,
O athèu não mais negára
A existencia de Deus.
Não, si o manto de saphiras,