DA MINHA ALMA.
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Qual fantasia ligeira,
Más que tanto me afastava
D’essa ventura fagueira.
Como anhelante aguardava
O termo d’essa tardança,
Animada de continuo
Por enganosa esperança,
Em que minh’alma depunha,
Céga, inteira confiança!
E que, então, mal suspeitava
Que saudades sentiria
D'esse tempo de folguêdos,
Que tão lento parecia;
Tempo que a meiga innocencia
De prazeres me tecia.
Hoje recordo saudosa
Esses annos tão gentis,
Esses dias tão viçosos
De meus brincos infantis,
Em qu’eu tinha uma esperança,
Que me tornava feliz.