dos olhos uma carta aberta, na qual a moça reconheceu a letra de Hermano.
Antes que ela se recobrasse da surpresa e pudesse ler a carta, D. Felícia lhe comunicara sofregamente o assunto.
Era um pedido de casamento, no qual Hermano manifestava o desejo de obter pessoalmente de Amália o seu consentimento.
— Pode vir? perguntou o pai à filha depois que esta acabou de ler a carta.
—Ainda não, respondeu Amália agitada.
— Quando? disse D Felícia.
— Quero pensar, mamãe.
A senhora, para quem Hermano agora era o homem mais sensato do mundo, fez à filha mui judiciosas observações acerca da conveniência de apressar a decisão: e não se esqueceu de citar em seu abono o conhecido anexim que dá por transtornado o casamento adiado.
Amália persistiu não obstante. e com uma razão que desarmou a mãe.
— Se é preciso que responda imediatamente, mamãe, recuso P porque desejo aceitar, que peço a liberdade de refletir. Para dispor de minha vida inteira, não são muitos alguns dias.
— Pois bem, Amália, pensa à tua vontade; mas lembra-te de que a viagem está próxima. É verdade que pode-