sob a influência de tão sinistros pensamentos. Apesar da confiança de Hermano, o juramento deste não lhe dissipara as apreenções. Não suspeitava um ardil; mas temia uma fatalidade.
Até ali, o recato tão natural em uma noiva, e ainda aumentado pela reserva do mando, lhe tolhia a liberdade na própria casa em que devia ser dona. Nunca se animara a penetrar no aposento de Hermano nem se lembrara disso.
Agora, porém, sua posição. Tinha o dever de guardar e defender a vida do marido; e para isso carecia de toda sua vigilância e solicitude. Era mais que tempo de assumir a sua autoridade doméstica sem a qual não poderia isentar-se da grave responsabilidade de esposa.
Assim, quando no dia seguinte Hermano foi à cidade, ela depois de haver obtido dele a promessa de voltar cedo e de o ter acompanhado com os olhos até perdê-lo de vista, saiu da janela resolvida a ensaiar o seu papel de dona de casa.
Abreu, conforme o costume, acabava de arranjar o aposento do amo, e ia sair fechando a porta para guardar a chave no bolso, quando Amália entrou. Passado o seu espanto, o velho decidiu-se a ficar de guarda à moça, que se sentara em uma cadeira de balanço.