era nem Julieta, nem Amália mas as duas vazadas em um só molde.
O passado e o presente se travavam e confundiam. O seu primeiro casamento que fora de manhã, e o segundo que celebrara à noite as noivas, de tipos diversos; aqueles dois toucadores, um azul e branco, e outro rosa e ouro; todas essas coisas se haviam identificado.
A mulher que ele amara tinha a beleza de Amália e a alma de Julieta. Com essa mulher percorreu toda a sua vida até aquele momento em que resolvera deixar o mundo para consumar o consórcio da eternidade.
Uma nuvem branca e nítida vendava-lhe o céu. Ali estava um objeto cuja forma não distinguia; parecia-lhe o corpo, depurando a alma e preparando-a para a bem-aventurança.
Ele estava só; junto dele não havia outro corpo, mas uma essência divina, em que se imergia; um resplendor que se condensava em formas voluptuosas para envolvê-lo de luz. As chamas dessa luz o abrasavam, mas com uma lava doce e inebriante, que lhe acrisolava o ser. Enfim ele sentiu que sua alma desprendendo-se das cinzas, remontava ao céu.
Nesse momento D. Felícia que voltava do