Hermano freqüentou a casa do coronel Soares. Pouco mais de mês depois do seu primeiro encontro com Julieta manifestou-lhe os seus sentimentos, que aliás já eram conhecidos da moça, e pediu-lhe um consentimento, que tinha razão de esperar.
Ela ficou um momento pensativa; depois disse com o tom grave de uma convicção profunda
— O casamento é uma fatalidade.
Como Hermano interrogava-lhe o semblante para conhecer o sentido de suas palavras, ela acrescentou:
— Meu marido há de pertencer-me de corpo e alma, como eu a ele, e para sempre. É assim que entendo o casamento.
— Penso da mesma maneira.
— Para sempre é eternamente.
— Compreendi todo o seu pensamento, Julieta. e não imagina o meu júbilo por encontrar tão perfeita identidade de sentimentos na mulher a quem amo. Sempre acreditei que o casamento não deve ser uma simples união social, mas a formação da alma criadora e mãe, da alma perfeita, de que nós não somos senão as parcelas esparsas. Essa alma uma vez formada, só Deus a pode dividir e mutilar.
O casamento realizou-se pouco tempo depois; e