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Página:Eneida Brazileira.djvu/345

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A mais hoste me siga.» Eis da cidade
Corre-se aos muros. O conselho o mesmo
Latino pae suspende, e seus projectos
Nesta consternação tristonho adia:
455Muito se accusa de não têr a Enéas
Por genro acceito e associado ao reino.
Pedra e estrepes carretam, fossos cavam:
Roncam buzinas o cruento a l’arma.
O muro, em varios grupos, lance extremo!
460Coroaram matronas e meninos.
Dadivas, de Minerva ao celso alcaçar,
Com suas damas a raínha leva;
E ao pé, submissos os decoros olhos,
Vai, do mal causa insonte, a virgem filha.
465As mães da comitiva o templo incensam,
Espargem do limiar carpidas vozes:
«Deusa da guerra, armipotente Pallas,
Quebra ao phrygio ladrão tu mesma a lança,
Prostado o abate, ás portas o destroça.»
470Turno fogoso aos prelios se apparelha:
Já rutula coiraça eri-escamosa
Veste horrente, e nas pernas grevas de ouro,
Inda nu da cabeça, a espada á cinta,
Do castello, fulgindo, alegre pula,
475E na idéa o triumpho se afigura:
Como, o cabresto quando emfim rebenta,
Livre o cavallo o aberto campo goza;
Ou vai-se ao pasto e ás eguas; ou, do rio
Nóto o banho, se deita á funda vêa,
480A cerviz a entonar, viçoso rincha,
Brincam-lhe as crinas pelo collo e espadoas.
Vem Camilla encontral-o, e descavalga
Ás portas a raínha, antesque o façam
As volscas turmas, que depois a imitam.
485«Turno, diz, se tem jus uma alma nobre