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uma poção com vinho. Está perdida... Foi descendo; acompanhei-o. Não se incomode. Tem lá o seu trabalho, deixe-se estar. Boa noite! Deixe-se estar.

— Mas se for preciso...

— Não, não é. E voltou-se repetindo: Deixe-se estar, mesmo porque ela já está no quarto e ali, o senhor sabe, nem o sol entra... Só a lua, porque é feminina. O médico não tarda. Boa noite. E desapareceu no corredor. Lembrei-me da frase misteriosa de James: “Pobre leoa!” E, ainda algum tempo, fiquei encostado ao corrimão, olhando, como à espera de um novo incidente, a notícia de mais uma golfada de sangue, a derradeira, e a morte. Mas a casa reentrou no silêncio.

Subi e seguia pelo corredor quando senti que a luz do bico de gás amortecia em vascas trêmulas — levantei os olhos: efetivamente a chama retraía-se como se mão misteriosa fosse lentamente torcendo a chave. Súbito apagou-se.

Um raio de lua branqueou o soalho, quebrou-